sexta-feira, 24 de abril de 2009

Meu amor

Meu amor, não te respondo. 
Escondo as cartas num dossiê 
e aguardo que tudo passe 
e me passes como a face
da lua, de D a C. 
Lá por fora há pinheirais, 
areias de vidro ao vento 
e um rio em escamas sedento
de ti que não voltas mais
nem que eu morra. 
Tomara chuva em tesoura, 
da mais grossa, da que estoura...
O que está feito está feito, 
corto por mim a direito.

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