Cobra nova deixa rasto
de brilho por entre o pasto.
Do alto desce o milhafre,
fugir-lhe é que ela não pode,
ainda não sabe. O chão explode,
de brilho por entre o pasto.
Do alto desce o milhafre,
fugir-lhe é que ela não pode,
ainda não sabe. O chão explode,
a terra acaba, o céu dói.
Um boi que a tudo assistiu,
nem sequer segura a baba.
Quer mugir, mas está gago:
"Raio da cobra, carago,
tive a morte aqui ao lado!"
Sente-se fraco das pernas
e as luzes por entre as ervas
lembram-lhe manchas e trevas.
Sem comentários:
Enviar um comentário